quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Capitão Sky e o nostálgico mundo de amanhã!

Sky Captain and the world of tomorrow é essencialmente um desenho animado de última geração, feito com atores reais (Gwyneth Paltrow, Jude Law e Angelina Jolie encabeçam o elenco); mas também se parece com um filme de ficção científica dos anos 50 filmado no início do século XXI, ou com um vídeo-game dos anos 90 de batalhas aéreas e aventuras arqueológicas, mas em formato de cinema. A história tem ainda inúmeros elementos dos quadrinhos de ficção científica e também dos seriados de aventura do cinema dos anos 1930, nesses casos coincidindo cronologicamente com a época em que ela acontece, e o tratamento de imagem na maior parte das cenas faz com que pareça um filme preto e branco colorizado por computador (o que, até certo ponto, foi o que aconteceu). Assim, mesmo que você nunca tenha visto nenhuma cena do filme, é bem provável que a sensação deja vu, ou “de já vi isso antes”, o arrebate em diversos momentos. Muito bem contextualizadas na história, e portanto, descaradamente sutis (rs), ali estão homenagens, referências ou simplesmente inspirações dos quadrinhos de Buck Rogers, Flash Gordon e Tarzan, dos gibis da EC comics dos anos 50, dos desenhos animados do Superman de Michael Fleisher, de clássicos do cinema de FC como O Planeta Proibido e Guerra dos Mundos, etc. Mesmo assim, o filme não é uma sátira ou paródia de nenhum outro, tampouco um filme B, ainda que a coisa toda tenha começado de forma independente na garagem do roteirista e diretor Kerry Conrad, e que os produtores e animadores tenham, inicialmente, realizado grande parte dos efeitos especiais com tecnologia e recursos estruturais limitados, até que, por uma questão de prazos, terceirizaram a realização de parte da computação gráfica.
Produzido na mesma época que o longa-metragem de animação Steamboy, do cineasta japonês e ex-mangaká katsuhiro Otomo, Capitão Sky se parece muito com este no gênero de aventura épica e tecnológica. Pela maneira como abusa das leis da física, do desenho dos cenários, e exagera no heroísmo e na vilania de seus personagens, bem poderia ser, de fato, um anime. Mas é um filme live-action, interpretado por bons atores (que gravaram todas as suas cenas diante de fundos azuis), com cenários nostágicos (cuidadosamente montados com fotos e concepções artísticas em 2 e 3 dimensões), e muitos, muitos robôs e geringonças futuristas (animados em computação gráfica e inspirados nos designs da ficção científica de meados do século passado). Além de tudo isso, tem humor e romantismo inteligentes, garantindo boa diversão, apesar de certa ideologia inocentemente direitista, seguindo a tradição dos antigos filmes e quadrinhos de FC mais populares, e em oposição às grandes obras literárias do gênero.

Outro fato curiosíssimo desta produção é que um dos papéis-chave na trama, do arquivilão Totenkopf, é interpretado(??) por Lawrence Olivier, ator inglês morto em 1989, ou seja, mais de dez anos antes do início da produção do filme. Pra entender isso, pegue o dvd, assista o filme inteiro e depois veja os comentários do produtor. Veja também o curtametragem original de seis minutos feito em casa por Conrad durante quatro anos, e outras opções curiosíssimas disponíveis no menu! Confesso que me emocionei com os depoimentos do autor e dos artistas que participaram da produção, reunidos no extra denominado “admirável mundo novo”.
Obrigatório para fãs de quadrinhos, animes e filmes clássicos de ficção científica, para admiradores de fantastic art, art deco e noir, e também uma boa indicação para quem gosta de rpg e videogames de aventura.

Sky Captain and the World of Tomorrow
Ficção Científica, 107 minutos, 2004
Paramount Pictures / Warner Bros.
Direção e roterio: Kerry Conran
Produção: Jon Avnet, Sadie Frost, Jude Law e Marsha Oglesby
Desenho de Produção: Kevin Conran (com a participção de Stella Mccartney nos figurinos)
Elenco: Gwyneth Paltrow, Jude Law, Giovanni Ribisi, Angelina Jolie e Laurence Olivier.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tempo instável

Hoje faz a primeira manhã de sol (entre nuvens) depois de quase duas semanas de chuvas fortes, garoas ou dias nublados; e mesmo assim, não veio o frio que era esperado. Prova incontestável não apenas do desequilíbrio ambiental/climático, mas do próprio aquecimento global: até a poucos anos atrás, dois ou três dias sem sol aqui na nossa região dos campos gerais (centro-sul do Paraná) seriam suficientes pra despencar as temperaturas, e a partir de então, assim que o céu limpasse viriam as madrugadas de geadas! As geadas, de fato, têm sido menos freqüentes nos nossos invernos desde meados da década de 1990, quando tivemos nossos primeiros invernos absolutamente sem geadas de que me lembro em toda a minha vida! Aí, em 2000 tivemos um frio recorde, que matou árvores adultas, calejadas pelos invernos dos anos anteriores. Aqui temos um abacateiro (da variedade mais resistente ao frio) de cerca de 15 metros de altura e tronco de 60 cm que, naquele ano, teve mais da metade de seu galhos e da altura do tronco necrosados pela geada, e hoje, recuperado, ele tem mais da metade do tronco completamente oco, lembrando árvores habitadas por duendes em filmes de florestas mágicas. De lá pra cá, neste início de século, as coisas regularizam um pouco mais e voltamos a ter geadas não muito fortes em quase todos os invernos; mas tivemos secas terríveis em verões e primaveras, épocas que normalmente seriam as mais chuvosas; em 2006 fui a Porto Alegre durante o Fórum Social Mundial, quando o Estado do RS atravessava uma das piores secas, com temperaturas elevadíssimas. A grama das praças, na capital, tinha secado, e as pessoas testemunhavam que algumas cidades do interior já estavam então há 4 meses sem ter uma gota de chuva. Logo depois acompanhamos pela TV a seca ocorrida no Amazonas, região que é naturalmente a mais úmida do país, quando o nível do rio baixou assustadoramente e milhões de peixes morriam por falta de oxigênio.

Chegamos ao verão de 2009 com nova seca aqui no Sul, semelhante àquela de 2006. Desta vez foi mais forte justamente na minha região. Ponta Grossa chegou a ficar mais de três meses praticamente sem chuvas (praticamente porque houve garoas ou chuvas muito rápidas em pontos isolados; mas mais isolados ficamos nós, aqui ao norte da cidade próximos às margens do rio Pitangui, onde essas garoas não vieram e os olhos d’água de que dependem muitas famílias estavam quase secando). Aí recomeçaram as chuvas, no outono, e de repente tivemos o frio antecipado, com sucessivas geadas fortes, justamente no final do mês de maio. Na natureza, um dos resultados da seca de verão e geadas antecipadas de outono foi que praticamente não tivemos temporada de frutas nativas, especialmente as mirtáceas (goiabas, jabuticabas e araçá...). Na lavoura, claro, os agricultores sofreram com a seca e agora... sofrem com as chuvas!

Verão seco e inverno chuvoso, nessa região onde o normal seria exatamente o contrário. Eu pessoalmente, até comemoraria o inverno úmido e menos gelado, pois assim há menos queimadas, que em invernos normalmente mais secos originam grandes incêndios florestais, devido não apenas ao ar seco mas especialmente à vegetação semi-seca, atingida pelas geadas. Menos queimadas, por enquanto, mas uma grande preocupação com esse desequilíbrio. Se a umidade do ar continuar alta e as geadas não vierem, poderemos ter um excesso de mosquitos na primavera, por exemplo, inclusive do aedes egypti que até poucos anos atrás nem existia por essas bandas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

EXTERMINADOR DO FUTURO - A SALVAÇÃO

Sem o criador e diretor James Cameron desde o filme anterior, e agora sem o andróide republicano (não confundir com replicante, esse era de Blade Runner) Schwarzenegger, a série de ficção científica mais popular do cinema depois de star wars sobrevive e parece ter fôlego para ir ainda muito mais longe! Christian Bale interpreta um John Connor maduro, com seus trinta e poucos anos em 2018, enquanto Anton Yelshin representa seu pai (!) kyle Reese, ainda adolescente nesse mesmo futuro pós-apocalíptico, gerando um paradoxo interessantíssimo que, aliás, poderia ter sido um pouco melhor explorado no roteiro. A direção também não é das melhores, mas o pouco conhecido McG (Joseph McGinty Nichol) pelo menos faz bem melhor, nessa superprodução, do que fizera com os dois filmes d’As panteras. Pudera! Depois que o próprio Cameron desdobrou o roteiro simplíssimo do primeiro filme (em Terminator II) mostrando o jovem John Connor começando sua luta insólita contra um futuro aterrorizante e mais ou menos conhecido, abriu-se todo um fantástico universo de possibilidades a serem exploradas, entre as viagens no tempo e seus paradoxos assustadores, imensas máquinas de guerra que só poderiam ficar mais impressionantes a cada novo filme, e uma história de resistência da raça humana lutando desesperadamente contra as máquinas criadas à imagem e semelhança de sua própria crueldade. Somem-se a isso as perseguições automobilísticas espetaculares, agora incrementadas pela presença das futuristas naves de guerra e dos moto-exterminadores, e um novo e curioso personagem, Marcus Wright (Sam Worthington) que sequer tem certeza de quem ou o que é e a que época pertence.Salvação traz ainda ainda Moon Bloodgood no papel da guerreira Blair Williams, ofuscando Brice Howard Dallas a quem deram o papel de uma Kate Connor (ex Kate Brewster) grávida e pouco significativa. Outra personagem importante é a pequena Star (Jadagrace), uma menina negra de uns dez anos que acompanha e auxilia o jovem Kyle em sua desigual luta contra as máquinas, dando um gostinho de Frank Miller ao roteiro de John Brancato e Michael Ferris.

Falando em “gostinho”, tem uma cena em que aparece um depósito de combustíveis, que acaba explodindo, com os carros sucateados e tunados fugindo de um robô gigante lembrando o genial Mad Max 2 (exceto pelo robô gigante... rs). Se foi uma homenagem deliberada, bastante justa, afinal o estilo da aventura deve alguma coisa aos pioneiros futurist road movies protagonizados pelo então jovem Mel Gibson. Homenagem ou não, outra cena curiosa foi o momento em que em que John Connor fala no rádio algo parecido com “não somos máquinas, somos homens”, lembrando Charlie Chaplin em “O grande ditador”.

Assisti o Exterminador do Futuro em 1985, no extinto cine Inajá, quando tinha 15 anos! ontem, fui ao cinema com meu filho Leon, de 15 anos, assistir o Exterminador do Futuro 4, ou simplesmente Terminator Salvation; como fã de ficção científica no cinema desde aquele outro século, não poderia deixar de escrever e publicar aqui minha modesta crítica!


quinta-feira, 11 de junho de 2009

ZEITGEIST - o espírito do tempo e o fantasma das conspirações

assisti ontem o filme Zeitgeist, e acabei em seguida dissertando um pouquinho sobre minhas impressões...

O filme começa com belíssimas animações e imagens científicas (me pareceram extraídas da clássica série “cosmos”, de Carl Sagan, mas não é o que diz a referência) logo substituídas por cenas da tragédia do WTC e de diversas guerras. Em seguida entra uma narrativa e um discurso, respectivamente atribuídos a Jordan Maxuell e George Callin, este último fazendo chacota com as instituições religiosas e seu paradoxal Deus amoroso, impiedoso e capitalista. O discurso é acompanhado de divertidas animações, e só esta introdução cheia de efeitos (especiais e psicológicos) já nos dá a idéia de que Zeitgeist é uma cuidadosa produção e, embora contrária à tendência da grande mídia, também bastante tendenciosa e não necessariamente “independente”.

A primeira parte fala sobre religião, e utiliza-se bastante dos livros do egiptólogo Gerald Massey, que compara semelhanças entre o “mito” Jesus Cristo e outros mitos mais antigos, especialmente de Horus, uma espécie de “messias” egípcio (segundo Massey), filho do Deus-Sol. O paralelo entre os dois símbolos religiosos é bastante interessante, mas o filme comete a grande gafe de sensacionalizar as informações apresentadas, ironizando e desprezando as diversas crenças dos povos antigos, e especialmente o judaísmo e o cristianismo. Mesmo assim, o ponto mais importante desta primeira parte do filme são justamente as informações teológicas (e astrológicas); mas a narrativa cai em contradição ao desdenhar a religião e a teologia, chamando a ambas de “grandes mentiras”, embora se utilize justamente de conhecimentos da teologia, ou seja, o estudo das religiões, em seu aspecto histórico-científico. Em minha opinião, o exagero em tentar desacreditar as religiões e a própria fé, sem mostrar os aspectos positivos/humanos e respeitar a importância antropológica das culturas religiosas pode ter comprometido a credibilidade sobre todo o belíssimo, impressionante e revolucionário trabalho de pesquisa e produção do filme, que termina falando em amor e revolução, mostrando frases e fotos de Hendrix, Lennon, Luther king, Gandhi e Carl Sagan (frases que parecem, em certo sentido, bastante “religiosas”), sem poder incluir entre esses “heróis” qualquer frase de Jesus Cristo, depois de ter insinuado que esse personagem pode nunca ter existido... Assim, fica a impressão de que o excelente material apresentado nas partes seguintes do filme, com importantes informações que governos, mídia e história oficial(?) preocuparam-se em esconder ou distorcer, foi utilizado tendenciosamente, associado pela produção do filme a uma infeliz propaganda anti-religiosa que, uma vez radical, assemelha-se muito ao que dentro das religiões chamamos de fanatismo. Ou então, os produtores do filme simplesmente descobriram, de repente, os livros de Gerald Massey (que já têm aproximadamente um século!), ficaram impressionados com as informações sobre os paralelos entre as antigas religiões, acreditaram em tudo sem buscar as refutações de outros pesquisadores, acharam que tinham aí revelações bombásticas sobre a manipulação dos povos através da criação de mitos religiosos, e que tais informações bastariam para desmascarar toda instituição religiosa. Melhor seria se, utilizando a mesma linha adotada nas partes seguintes, tivessem neste segmento mostrado mais dados históricos (e até mesmo especulações) sobre a forma como o império romano e mais tarde outros tantos impérios apoderaram-se dos mitos (ainda não manipuladores e geralmente opositores dos sistemas de poder, em suas origens). Se Cristo é um mito e a definição utilizada para tal é de que “mito” é uma “falsa idéia” capaz de arregimentar uma imensidão de seguidores, qual argumento excluiria as imagens-símbolos de Hendrix e Lennon dessa mesma classificação? Além disso, existe para os pesquisadores um Cristo histórico, procurado e hoje já encontrado em outras pistas além dos muitos evangelhos (dos quais apenas quatro compõe a bíblia oficializada), e este, como personagem potencialmente humano, é completamente ignorado em Zeitgeist. Como mensagem de conscientização e de revolução através da consciência, esta primeira parte do filme fracassa ao “rotular” o cristianismo como um instrumento apenas de alienação, esquecendo-se que em sua origem os próprios cristãos eram revolucionários, idealistas e extremamente perseguidos por Roma, quando não pelos próprios religiosos judeus; mas salva-se pela riqueza de informações, que nos atiçam a curiosidade, e pela ótima qualidade da edição. No fim, todas as curiosidades sobre os paralelos (não plágios!) entre os mitos religiosos acabam, ao contrário do que dizem os narradores, reforçando a idéia da importância e dos mistérios que estes possuem na história da humanidade; mas a tendência anti-cristã pode também, como mencionei acima, desacreditar o trabalho como um todo, para muitos cristãos que não fazem a distinção entre mito, fé e história!

Na segunda parte, o filme fala quase exclusivamente sobre os eventos do “11 de setembro”. Eu já tinha visto outro filme, Loose Change, sobre a suposta conspiração do próprio governo americano aliado a banqueiros com interesses em obter lucros com a guerra, que teriam deliberadamente planejado ou ao menos participado dos ataques às torres do WTC e ao pentágono. Muitas informações, especialmente coisas que já tinham aparecido na mídia, repetem-se em ambos, outras se somam, mostrando um contexto em parte exibido pela própria mídia americana, em parte montado através de entrevistas exclusivas e especulações dos autores, onde é impossível não acreditar que, no mínimo, o governo americano esconde (e/ou confunde) a maior parte das informações reais acerca da tragédia. Causou-me um calafrio a foto mostrada de uma coluna de aço ‘cortada’ em diagonal, entre os destroços, exatamente como o engenheiro explicava que as vigas eram cortadas ao se preparar uma demolição; e em seguida o vídeo mostra o físico Dr. Steven Jones, que analisou destroços de metal fundido das estruturas do WTC e encontrou traços de “Termite” e “Thermate”, uma mistura química utilizada exclusivamente pelas indústrias de demolição controlada (essa informação foi recentemente confirmada em artigo numa publicação científica, The open Chemical phisics journal). Há outros indícios de que os prédios (as torres 1, 2 e 7, esta última, de 57 andares, misteriosamente ignorada pela mídia) foram mesmo preparados para implodir, mas esta versão permanece negada pelos relatórios oficiais até hoje...

A terceira parte fala sobre a economia, inclusive de guerra. Num passeio documental pela história econômica norte-americana, vemos como o sonho de liberdade foi vendido aos grandes banqueiros e a manipulação de uma série de importantes leis vem produzindo um poder econômico privado, brutal e há muito incontrolável (embora extremamente controlador) acima de todo e qualquer governo, caminhando em direção a um poder totalitário, centralizador sobre todas as economias (e vidas) do mundo. As partes mais interessantes ficam por conta do discurso de John Kennedy, proferido pouco antes de seu assassinato, ; e as explicações sobre como e porque os Estados Unidos realmente teriam participado das grandes guerras e da guerra do Vietnã, forçando ou forjando ataques inimigos, prática bastante aprimorada através das décadas até culminar em... 11 de setembro de 2001!
Bom, o final do filme eu já contei, né... hahaha. Engraçado que ao ouvir as palavras de Carl Sagan, falando sobre uma “nova consciência, que vê a Terra como um só organismo”, eu lembrei (além do Fritjof Capra) justamente de Leonardo Boff, ex-padre, ex-adepto da Teologia da Libertação e atualmente seguidor dessa linha holística, uma espécie de “Ecoteologia”, mas ainda assim teologia... afinal, se não tivermos a dúvida e a esperança de e em um Deus, de onde viemos e pra onde vamos???

Num balanço geral, o filme é muito bom, chega a ser emocionante em vários trechos, e aliás, foi produzido e editado justamente com essa intenção; o que também o torna tendencioso, ideológico, quase doutrinário, e vale ainda citar que alguns trechos reproduzem inflamados discursos anti-religiosos ou anti-capitalistas, feitos por apresentadores de televisão americanos que se utilizam exatamente das mesmas técnicas de retórica usadas por pastores evangélicos radicais e políticos populistas! Mas a grande questão que o filme propõe é real, e bastante séria: vida, morte e informação estão sendo manipuladas por pessoas, governos e instituições muito poderosas, talvez como nunca antes! Voltarei a falar sobre Zeitgeist e o 11/09 num próximo texto onde comentarei o Loose Change, outro filme um pouco mais jornalístico, acerca deste mesmo assunto!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

i´m back

De volta ao acesso discado depois de uma infeliz experiência com o “tim conect fast” 2G no final do ano passado (que contabilizava e cobrava cerca de 3 vezes o número de megabites que o próprio programa do modem TIM registrava em meu pc, dentro do plano então limitado de 1 giga) e, nos últimos meses, grandes dificuldades de acesso discado via Brasil Telecom devido a problemas técnicos, tanto no meu pc quanto na linha telefônica. Este último problema, nos cabos da Brasil Telecom, permanece e limita ainda mais o pobre acesso discado devido aos ruídos na linha (a velocidade média notificada pelo discador é de 24 kbs). Mas pelo menos o meu pc voltou a funcionar melhor depois do trato que o pessoal da Logic Station deu nele recentemente, relacionado ao superaquecimento do processador, e da limpeza e reorganização dos arquivos que estou fazendo nos dois hds, carregados no limite. A principal razão da minha “desconexão” do mundo virtual, no entanto, era o modem discado, um genérico onboard da placa mãe que só conectava de vez em quando depois de muitas tentativas e inúmeras desculpas e mensagens de erros (queria ter feito uma lista de todas essas mensagens... gravei algumas delas, até engraçadas, em algum lugar ...). Bem, troquei o modem! e até que ele queime por causa da instabilidade elétrica na rede telefônica ou aconteça qualquer outro problema, estou de volta à internet via acesso discado, especialmente em algumas dessas madrugadas geladas aqui perto da margem do outro lado do rio Pitangui, ou na língua nativa, em amossoba-pitanga-indaba!
Deverei retomar, no blog, a idéia original de comentar cinema, literatura, quadrinhos e artes afins; mas as atualizações dependerão da disponibilidade da minha conexão ou de utilizar outros meios como as lan-houses, que redescobri recentemente depois de uma fase atemporal sem TV nem internet em casa, mas produzindo e divulgando meu livro Desenhos de Linguagem, o que me obrigou a me tornar menos eremita e um pouquinho mais cidadão ou, como um certo personagem onde a ficção inspira a vida, um curumim urbano.