Sem o criador e diretor James Cameron desde o filme anterior, e agora sem o andróide republicano (não confundir com replicante, esse era de Blade Runner) Schwarzenegger, a série de ficção científica mais popular do cinema depois de
star wars sobrevive e parece ter fôlego para ir ainda muito mais longe! Christian Bale interpreta um John Connor maduro, com seus trinta e poucos anos em 2018, enquanto Anton Yelshin representa seu pai (!) kyle Reese, ainda adolescente nesse mesmo futuro pós-apocalíptico, gerando um paradoxo interessantíssimo que, aliás, poderia ter sido um pouco melhor explorado no roteiro. A direção também não é das melhores, mas o pouco conhecido McG (Joseph McGinty Nichol) pelo menos faz bem melhor, nessa superprodução, do que fizera com os dois filmes d’As panteras.
Pudera! Depois que o próprio Cameron desdobrou o roteiro simplíssimo do primeiro filme (
em Terminator II) mostrando o jovem John Connor começando sua luta insólita contra um futuro aterrorizante e mais ou menos conhecido, abriu-se todo um fantástico universo de possibilidades a serem exploradas, entre as viagens no tempo e seus paradoxos assustadores, imensas máquinas de guerra que só poderiam ficar mais impressionantes a cada novo filme, e uma história de resistência da raça humana lutando desesperadamente contra as máquinas criadas à imagem e semelhança de sua própria crueldade. Somem-se a isso as perseguições automobilísticas espetaculares, agora incrementadas pela presença das futuristas naves de guerra e dos moto-exterminadores, e um novo e curioso personagem, Marcus Wright (Sam Worthington) que sequer tem certeza de quem ou o que é e a que época pertence.
Salvação traz ainda ainda Moon Bloodgood no papel da guerreira Blair Williams, ofuscando Brice Howard Dallas a quem deram o papel de uma Kate Connor (ex Kate Brewster) grávida e pouco significativa. Outra personagem importante é a pequena Star (Jadagrace), uma menina negra de uns dez anos que acompanha e auxilia o jovem Kyle em sua desigual luta contra as máquinas, dando um gostinho de Frank Miller ao roteiro de John Brancato e Michael Ferris.
Falando em “gostinho”, tem uma cena em que aparece um depósito de combustíveis, que acaba explodindo, com os carros sucateados e tunados fugindo de um robô gigante lembrando o genial Mad Max 2 (exceto pelo robô gigante... rs). Se foi uma homenagem deliberada, bastante justa, afinal o estilo da aventura deve alguma coisa aos pioneiros futurist road movies protagonizados pelo então jovem Mel Gibson. Homenagem ou não, outra cena curiosa foi o momento em que em que John Connor fala no rádio algo parecido com “não somos máquinas, somos homens”, lembrando Charlie Chaplin em “O grande ditador”.
Assisti o Exterminador do Futuro em 1985, no extinto cine Inajá, quando tinha 15 anos! ontem, fui ao cinema com meu filho Leon, de 15 anos, assistir o Exterminador do Futuro 4, ou simplesmente Terminator Salvation; como fã de ficção científica no cinema desde aquele outro século, não poderia deixar de escrever e publicar aqui minha modesta crítica!
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